Estado de Buda - Atinja também o seu

Bem vindo ao blog oficial do Estado de Buda!

Diariamente estaremos incentivando você com bons pensamentos, boas idéias e perguntas cativantes que, com ênfase nos ensinos do budismo de Nitiren Daishonin, podem nos fortalecer para termos dias marvilhosos e cheio de energia e boa sorte!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O amor, ah o amor!



Amor é uma palavra que não se encontra muito nos textos budistas. O amor (compaixão) sobre o qual falam, não é uma emoção, pelo menos não do tipo que estamos acostumados. Certamente não é o que definimos de amor "romântico", que tão pouco tem que ver com amor. É bom investigar o que é o amor e como está vinculado à nossa prática, pois os dois frutos de nossa prática são a sabedoria e a compaixão.

As vezes, lemos os antigos textos e formamos uma imagem da prática que não tem relação alguma com a compra do pão na padaria. Ao fazer daimoku elevamos nossa consciência até atingir a sabedoria do estado de buda, porém como sabemos possuímos intrinsecamente estados transitórios de vida. Portanto, ao conhecer sua própria realidade no estado de buda, a emoção-pensamento some naturalmente. Mas se você pensa que eliminou o pensamento ilusório, em vez de esclarecer como a emoção-pensamento se derrete, a emoção-pensamento surgirá de novo, como se você tivesse cortado o talo de uma folha de grama ou o tronco de uma árvore, deixando a raiz viva.

Muitas pessoas pensam de modo equivocado que a prática é eliminar os pensamentos ilusórios. É claro que os pensamentos são ilusórios, porém, como ele diz, se você os corta em vez de "esclarecer como a emoção-pensamento se derrete", você aprenderá pouco. Muitas pessoas passam por experiências de iluminação, contudo, porque não esclareceram como a emoção-pensamento se dissolve, os amargos frutos da emoção-pensamento serão seu alimento na vida diária.
Todo esse emaranhado cármico acontece muitas vezes porque estamos condicionados às mesmas sensações (a nível orgânico mesmo).
afirma que a ausência de tais pensamentos é o estado de iluminação, o satori em si.

Sem exceção, estamos todos presos a emoções-pensamentos, mas em graus muito variáveis. Há uma imensa diferença entre alguém que está 95% do tempo preso nessa teia e alguém que está 5% preso.

Estritamente falando, os relacionamentos aplicam-se a todas as coisas: a xícara, o tapete, as montanhas, as pessoas. No entanto, em termos da palestra de hoje, estamos nos referindo a relacionamentos que envolvem pessoas, porque parece que sempre são os causadores das maiores dificuldades. Se não estivemos nos escondendo dentro de uma caverna pelos últimos vinte anos, estaremos envolvidos numa relação com alguém. Nela, sempre existe um amor genuíno e um amor falso. O quão genuíno é nosso amor algo que depende de como praticamos com o amor falso, que se alimenta das emoções-pensamentos com expectativas, esperanças e condicionamentos. Quando não vemos o vazio da emoção-pensamento, esperamos que nossa relação nos faça bem. Enquanto ela alimentar nossa imagem de como as coisas supostamente são, pensamos que é uma grande relação.

Contudo, quando vivemos em íntima ligação com alguém, essa espécie de sonho não tem muitas chances de sobreviver. Conforme o tempo vai passando, o sonho se desfaz sob o impacto da pressão e descobrimos que não podemos manter nossas belas imagens dos parceiros e de nós. Claro que gostaríamos de manter a imagem idealizada que temos de nós mesmos. Gostaria de acreditar que sou uma boa mãe: paciente, compreensiva, sábia. (Se, pelo menos, meus filhos concordassem comigo, seria tão bom!) Porém, esse absurdo das emoções-pensamentos dominam nossas vidas.

Principalmente no amor romântico, na realidade a emoção-pensamento sai de controle. Espero do parceiro que corresponda à minha imagem idealizada de mim mesma. Quando ele deixa de agir assim (o que não tardará muito), digo: "Acabou a lua-de-mel. O que há de errado com ele? Está fazendo todas as coisas que eu não suporto". E fico me perguntando porque sou tão infeliz. Meu parceiro não me convém mais, ele não reflete a imagem onírica que alimento a meu respeito. Ele não promove meu conforto e meu prazer. Nenhuma exigência emocional tem alguma coisa que ver com amor. Quando o quadro se desmantela em pedaços — e isso sempre acontece num relacionamento íntimo — esse "amor" se transforma em hostilidade e discussão.

Portanto, se estamos numa ligação estreita, viveremos, de tempos em tempos, alguma dor, porque nenhuma relação jamais nos preencherá por completo. Não há meios de vivermos alguma vez com alguém que nos agrade de todas as formas que desejamos, incessantemente. Por conseguinte, como enfrentarmos tais decepções? Devemos sempre praticar a aproximação cada vez maior de nossa dor, de nossa decepção, de nossas esperanças perdidas, de nossas imagens estilhaçadas. Essas vivências são em essência não-verbais. Devemos observar o conteúdo do pensamento até que se torne neutro o suficiente a ponto de podermos entrar na experiência direta e não-verbal da decepção e do sofrimento. Quando sentimos de modo direto o sofrimento, pode começar a dissolução da falsa emoção e emergir a verdadeira compaixão.

Cumprir nossos votos com respeito é a única coisa que podemos fazer por outra pessoa. Quanto mais praticamos ao longo dos anos, mais desenvolveremos uma mente aberta e amorosa. Quando o desenvolvimento estiver completo (o que significa que não existe nada sobre a face da Terra que julguemos) esse é o estado da iluminação e da compaixão. O preço que temos de pagar é essa prática de toda uma vida em cima de nosso apego às emoções-pensamentos, que formam a barreira ao amor e à compaixão.

Concluindo: A recitação do Nam Myoho Rengue Kyo não só nos capacita a atingir o estado de buda, mas uma vez treinando nossa mente com a prática, estamos também nos treinando a aprender a amar e a ser amado, de verdade.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Diferença entre os homens e as mulheres



Embora não se possa padronizar, por meio de estudos científicos ou mesmo pela simples observação, pode-se notar que existem certas características comuns à maioria dos homens ou das mulheres. Prestar atenção a esses pontos é uma forma de interpretar melhor as atitudes do sexo oposto e de reagir mais adequadamente a elas. Vejamos alguns exemplos:

O homem evoluiu com três responsabilidades: guerrear, proteger e resolver problemas. A orientação de seu cérebro e o condicionamento social tendem a impedi-lo de demonstrar medo ou dúvida. Se uma mulher está dirigindo e se perde, pára e pergunta. Para o homem, isso é sinal de fraqueza. Por isso, roda em círculos tentando reencontrar o caminho sozinho.

Quando a mulher pede ao homem para resolver algum problema, ele diz “vou pensar” ou “deixa comigo”. E é exatamente o que faz: fica pensando em silêncio, sem qualquer expressão no rosto. Só volta a falar ou demonstrar animação quando encontra a resposta. A conversa do homem se passa dentro da cabeça, por isso sua dificuldade de verbalizar. A mulher, ao vê-lo assim, pensa que está aborrecido ou sem ter o que fazer e tenta ajudar: puxa conversa ou lhe dá uma ocupação. Mas ele fica zangado, não gosta de ser interrompido, pois odeia ter de fazer duas coisas ao mesmo tempo.

Ao contrário, a mulher usa a fala como principal meio de expressão. Ela verbaliza, menciona todas as suas tarefas, pensando nas opções, mas sem estabelecer prioridades. Para ela, pensar em voz alta é um meio de agradar e compartilhar. Mas o homem não entende assim e acha que está sendo bombardeado por uma lista de problemas para resolver. Fica nervoso, impaciente e tenta organizar as coisas.

O homem deve entender que, quando a mulher fala sobre um problema, não espera que a resposta lhe traga uma solução. E a mulher deve compreender que o silêncio do homem não quer dizer que algo esteja errado.

É importante para a mulher compreender que nos momentos de crise o homem precisa ficar em paz, pensando. Nada de achar que ele não a ama ou está zangado com ela. Basta deixá-lo sozinho, colocando-se disponível para ouvi-lo, sem pressioná-lo. Vai passar e, mais tarde, ele poderá falar a respeito.

O homem precisa desenvolver a sensibilidade para entender que, por trás do aparente excesso de palavras da mulher, há uma carência e um pedido de ajuda. Reclamar e fechar-se só vai aumentar o estresse. Ele deve procurar ouvir, entender e colocar carinhosamente seus limites quando sentir que os atingiu.

Esse é apenas um exemplo de como homens e mulheres tratam as questões do dia-a-dia de forma diferente. Para que haja um consenso e se estabeleça harmonia, é necessário entender a posição e as necessidades do outro.

Fonte: “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, de Allan e Barbara Pease.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Vida de Elefante




Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.

E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério! Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas ? que não podemos ter? que não podemos ser? que não vamos conseguir..., simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos que a corrente da estaca ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim..."

Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego, ou algum outro problema ou algo que nos fizesse sair da zona de conforto.

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Não espere que o seu "circo" pegue fogo para começar a se movimentar. Vá em frente!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Iniciação budista (parte 1) - O que é o budismo

Origem do nome: Budismo é a denominação dada aos ensinos do Buda. Do sânscrito, buddha foi o título honorífico dado a Sidharta Gautama, criador da doutrina filosófica e fundador do budismo. Sidharta, após atingir a iluminação, recebeu o nome de Sakyamuni, cujo significado é "O sábio do clã Sakyas".
Significado do termo Buddha: O iluminado.

Data provável de fundação: século VI a.C., na Índia.
Sentido prático da filosofia:

1. Não há distinção entre a divindade (Buda) e a humanidade (mortais comuns). Em nenhum sentido o Buda é tido como um ser superior, supremo ou transcendental. É uma condição presente em qualquer ser vivente.

2. É a filosofia do "conhecer a si próprio com profundidade e propriedade".

3. "Iluminar" é uma metáfora para "compreender" a vida.

4. Na prática, significa reconhecer a essência da vida para remover a escuridão e a ilusão ali instaladas por especulações promovidas por práticas religiosas que deram outro sentido à vida que não o original.

5. Promover mudanças em si mesmo e, consequentemente, nas suas próprias atitudes, a partir do entendimento do mecanismo de funcionamento da vida.

Contribuição de Karla Neugebauer

Já acessou nosso site hoje? Existe uma mensagem lá para você!
http://www.estadodebuda.com.br

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Vingança, filha da ignorância

É muito comum escutarmos que tal pessoa tem o gênio forte, porque não leva "desaforo para casa". Ou então, que se nosso "orgulho" for ferido, devemos devolver o insulto com a mesma intensidade. Não agir desta forma é visto como uma covardia, uma fraqueza, falta de personalidade.
Tomou-se como "ponto de honra" a necessidade de retribuir-se o mal com o mal. O resultado é que a cada dia aumenta a violência em todos os setores.
Não percebemos, mas contribuímos diariamente para que isso se propague.
Se analisarmos nosso cotidiano, veremos que tanto em nossa casa, no trabalho e até no lazer nos melindramos por qualquer discordância de ponto de vista. Também não deixamos que a opinião que emitimos seja contrariada; que nossos desejos, às vezes absurdos e egoístas, sejam ignorados.
Ai daquele que se opuser às nossas vontades! Mesmo que seja só em pensamento, passamos a desejar que aquela pessoa passe por poucas e boas. Sentimos uma estranha satisfação quando alguém que não gostamos ou nos desentendemos sofre dificuldade. Só isso já demonstra o que realmente temos dentro de nós: egoísmo.
Há casos, então, em que a vingança se torna patente. É o que acontece quando tomamos conhecimento de crimes hediondos. O primeiro sentimento é de desejarmos que o indivíduo sofra na própria carne a dor que fez ou outros passarem. Então, passamos a ser cúmplices da violência, incentivando-a inconscientemente.
Com isso, no quê nos diferenciamos dos animais?
A vontade de ver a justiça sendo feita muitas vezes nos torna injustos. Isso porque a visão da realidade que nos cerca pode ser distorcida por uma série de fatos, que vão desde o desconhecimento dos motivos do que está ocorrendo até a manipulação de informações.
Desenconrajar a vingança não significa ser conivente com o mal. Pelo contrário, mostra a necessidade de combatermos a maldade com razão e não com o ódio e a emoção que cegam e destroem.
Na prática budista aprendemos a não julgar e a não sermos julgados. Ao contrário - fazendo daimoku nos enchemos de sabedoria para conseguirmos encarar as dificuldades de relacionamento do dia a dia com clareza (iluminação), e assim não propagar causas negativas - conceito este que pode ser caracterizado como uma tendência cármica.
Recitar o Nam Myoho Rengue Kyo nos possibilita elevar o nosso estado de vida até o estado de buda, preenchendo nossa condição de vida com pensamentos elevados para evitarmos ciclar nos estados mais baixos de vida, e a vingança, sendo este o foco do nosso texto, o estado de animalidade.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Caráter

O caráter no Brasil ou carácter em Portugal, em psicologia é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais.

Caráter é a soma de hábitos, virtudes e vícios, é a imagem interior de uma pessoa.

Caráter, em sua definição mais simples, resume-se em índole ou firmeza de vontade.

O caráter de uma pessoa pode ser dramático, religioso, especulativo, desafiador, covarde, inconstante. Tais variações podem ser inúmeras.

O caráter sofre as influências pelo meio em que é submetido. É verdade que o ser humano demonstra algum "tipo de caráter" nos primeiros dias de sua vida, mas não passa de uma ilusão. Pois o conteúdo que difere as crianças umas das outras é a quantidade de energia. Isto é, as mais agitadas diferen-se das mais queitas. Certo que a formação do caráter sofre essa influência, mas tal influência fica muito abaixo das influências do meio. Por exemplo, indivíduos muito agitados podem tornarem-se de futuro grandes guerreiros de uma causa, militares entusiásticos e incorruptíveis, militares traidores, políticos corruptos, criminosos sanguinolentos... Assim também como crianças quietas podem ser grandes observadores políticos, cuidadosos militares, líderes que sabem observar seus subordinados (para observar é necessário calma e concentração - mais fácil nas pessosas quietas), pessoas depressivas, agiatoas sem sentimentos, frios criminosos e etc.

São os acontecimentos posteriores, somados com o tipo de pensamento desencadeado no interior da mente e o entendimento sobre si próprio e as suas capacidades, que geram o caráter e os caminhos traçados adiante. Desencadeado pensamentos e ações, onde no começo da vida os acontecientos no entorno influem no pensamentos, cria-se uma idéia em mente sobre como que é o mundo e como "sou eu". Tais pensamentos formam o caráter e orientam as escolhas futuras. Contudo é interessante lembrar que quanto mais apoia-se em uma idéia, mas essa vai fixando-se até parecer como "imudável" e algo já "predestinado". Daí pensamentos simplistas creem que o ser humano nasce com o caráter pronto. São pensamentos esses simplistas e menos elevados que orientaram (e orientam) indivíduos a acreditarem que o criminoso é sempre criminoso, que o burro é sempre imbecíl, o inteligente é e sempre foi inteligente (isto é, não necessitou de fazer esforço), que o forte não se fez forte...

Em fim, o caráter é mudável mas há de se operar com muita persistência (contra o desânimo inicial das dificuldades e resultados ruins), conhecimento, dedicação, paciência... pois para mudar deve-se agir no âmbito dos pensamentos, e não apenas nas atitudes. Mudando a atitude sem mudar o pensamento, cria-se um diferencial com tendência cada vez maior de união para o lado que já é há muito praticado. Isto é, a atitude inicialmente diferente tenderá a voltar à anterior para se tornar coerente com o pensamento que não saiu do lugar. Daí, o indivíduo deprime-se ou acredita em seu "destino" e "deixa a vida te levar". Por tanto a mudança do caráter passa pela mudança do pensamento - e esse é absoltamente difícil pois acarreta a abrir mão de vícios, de ter energia crescente para buscar idéias e conhecimentos novos a serem adquiridos e etc.

Fonte: Wikipedia

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